Completando vinte anos, o Anime Friends 2023 aconteceu de 13 a 16 de julho e eu estive no evento durante os quatro dias.
Fui por causa dos shows e valeu muito a pena! Nunca pensei que, em um período tão pequeno, eu assistiria a sete shows de cantores e bandas japonesas que fazem parte de trilhas sonoras de animes que amo.
Sei que não postei muito enquanto o evento acontecia, mas foi uma mistura de estar ansiosa e empolgada por causa dos shows com minha internet não funcionar no local. Ainda assim, espero que tenham gostado dos tweets e dos stories (que estão em um destaque no meu perfil).
Além deste post aqui no blog, também fiz um vídeo para o Tiktok mostrando um pouquinho de como foi meu AF.
Meu credenciamento de imprensa foi negado esse ano, mas tudo bem porque sempre tem o ano que vem para eu tentar de novo.
Foram dias ótimos e eu aproveitei demais, me diverti e vou guardar tudo com muito carinho no meu coração.
O evento tem uma parceria com a prefeitura da cidade desde 2019 e esse ano isso garantiu que todos os ingressos de quinta-feira fossem de graça. Assim como esperado, esgotou e o dia foi bastante movimentado.
Como fiquei mais no Palco Principal e no Arena AF, não consegui reparar qual foi o dia mais lotado, mas com certeza o mais vazio foi sexta-feira. Aproveitei isso para ver tudo com calma, sem precisar enfrentar filas enormes e correr o risco de perder alguma atração por causa disso.
Talvez eu esteja errada, mas acredito que o espaço total foi maior do que em 2022 e isso justifique eu não ter percebido se o evento lotou muito em algum dia. A única certeza que tenho é que a área do Palco Principal ficou muito pequena, ainda mais que colocaram tecidos pretos em uma tentativa de isolar o local. Não teve isso nas edições anteriores e torço para que repensem essa escolha em usos futuros.
Senti falta dos estandes da Crunchyroll e de Genshin Impact. O primeiro foi um dos mais bonitos do ano passado, eu amei o museu da Hime e os painéis dos animes. E o segundo me influenciou a me aventurar no jogo, por isso fiquei um pouco decepcionada por não ter esse ano.
Isso me faz pensar que fiquei mal-acostumada com o que teve em 2022 porque esse ano deu a sensação de não ter o que fazer além de ver os shows. Estandes bonitos chamam a atenção e eu gosto de olhar tudo e tirar várias fotos, mas dessa vez não tinha nem isso para fazer. Amei o Artist’s Alley, as bandas e os cantores convidados, porém sinto que faltou atrações mais diversas espalhadas pelo local.
O evento começou com minha prioridade para o primeiro dia sendo diferente do padrão. Minha preferência antes era olhar tudo de forma geral, mas preferi focar no Artist’s Alley depois de acompanhar muitos itens esgotando rápido durante o Festival do Japão.
O único problema foi a falta de orientação sobre a numeração das mesas. Devo ter dado pelo menos três voltas até entender mais ou menos como estava organizado. Demorei uns bons minutos para achar as mesas que eu queria mesmo tendo anotado os números de todas antes do evento começar.
Quem me conhece sabe que sou naruteira desde a adolescência, tenho até tatuagem, então imagino que ninguém fica surpreso ao saber que minha empolgação para ver o FLOW estava em níveis altíssimos. A animação da banda somada à presença do Real Akiba Boyz garantiu um ótimo show. Dava para ver que todo mundo estava se divertindo, mas a energia do público mudou muito quando tocaram as músicas de Code Geass e Dragon Ball. Até quem estava mais quietinho se animou e isso se intensificou quando finalizaram com GO!!!. Não digo que foi perfeito porque não tocaram Sign, mas foi o tipo de show que dá vontade de ir em outras apresentações da banda.
É estranho pensar que eu quase não fui na sexta e tudo mudou em cima da hora. Foram tantas coisas boas em um único dia que agora não consigo imaginar como estaria se nada daquilo tivesse acontecido.
“Porque eu amo Haikyu!! e eu amo vocês” não estava nos meus planos, mas estou feliz por ter falado essa frase.
Essa foi a melhor entrevista que vi no Anime Friends 2023! Sei que também entra no tópico “zero surpresas” porque não escondo que amo Haikyu!!. Tanto que tenho uma tatuagem referente ao anime, ligada à música do Burnout Syndromes.
Gostei que começou com perguntas mais descontraídas como o motivo de começarem uma banda e isso rendeu uma resposta engraçadinha sobre ser para impressionar as garotas. Deu para perceber que eles têm muito carinho por Haikyu!! e ficam felizes que o anime ajudou eles a alcançar pessoas de outros países.
Sem dó de dar spoiler, eles avisaram que cantariam as músicas do anime no show de sábado. Faltou pouco para soltarem spoiler até do mangá de Haikyu!! porque um deles se empolgou e quase falou para onde o Hinata, o protagonista da história, viaja após a formatura no ensino médio.
Achei muito fofo quando falaram que um momento marcante para eles foi o fato de os fãs estrangeiros cantarem em japonês nos shows. E que eles leem todas as cartas que recebem, usando o Google Tradutor para as que estão em idiomas que eles não sabem.
Eles falaram sobre as dificuldades de fazer músicas para animes diferentes porque cada história tem características próprias e é complicado criar em cima disso. Eu usei isso como base para perguntar como foi estar na trilha sonora de Those Snow White Notes e ter que trabalhar em conjunto com o shamisen, um instrumento musical tradicional japonês.
Eles responderam que o shamisen foi muito usado em BLIZZARD e, por não ser elétrico, misturar ele com guitarra ou baixo, por exemplo, gera o apagamento total dele. Então a maior dificuldade foi ajustar essa questão para evitar que o som do shamisen desaparecesse. Para garantir esse destaque do instrumento, foi preciso diminuir os outros. Por isso, eles recomendaram prestar bastante atenção nas partes que toca o shamisen para que possamos perceber a música de uma forma diferente de quando tem outros instrumentos.
Achei ótimo que a mediadora tomou o cuidado de planejar a entrevista de forma que tivesse bastante tempo para perguntas do público. Ter essa interação com a banda foi, sem dúvidas, meu momento favorito do evento inteiro.
A primeira coisa que pensei ao ver a SennaRin no palco foi “fofa”. Consegui gravar o momento em que ela sorriu porque a plateia gritou entre um trecho e outro de Bauklötze e foi muito fofo. Coloquei essa parte no vídeo do TikTok, recomendo assistirem. Aliás, eu não esperava ouvir essa música, Zero Eclipse e Avid nesse show. Não sei como segurei o choro ouvindo a última porque 86 é o anime que mais me fez chorar na vida e a trilha sonora tem grande culpa nisso. Saihate foi a escolha para finalizar e acho que era a que eu mais queria ouvir.
Extremamente animado desde o primeiro segundo no palco, Who-ya Extended fez todo mundo dançar e pular. Apesar de não conhecer muitas músicas dele, não tenho como negar que foi um bom show. Ele deixou a melhor sequência para o final com A Shout of Triumph, Icy Ivy e VIVID VICE, mas conseguiu manter o público envolvido do começo ao fim.
Conheci a ASCA graças a abertura de Record of Grancrest War, então é óbvio que fiquei feliz que ela abriu o show com Rin. Ela conseguiu estar ainda mais animada do que o Who-ya Extended, pulando e incentivando a gente a fazer o mesmo. Ela foi uma querida se esforçando para falar em português e esperando nossa reação depois de cada frase.
Não conheço Fate, mas deu para perceber que muitas pessoas estavam esperando ela cantar KOE. Eu estava ansiosa para ouvir CHAIN e fiquei muito feliz que foi um feat com a SennaRin. Depois disso, nada melhor do que RESISTER para encerrar e fazer todo mundo cantar junto.
Quase fui embora depois da última música da ASCA, mas voltei correndo quando vi que os três estavam no palco. Ainda bem que voltei porque eles cantaram Barricades, uma das minhas favoritas de Attack on Titan.
Eles liberaram uma playlist com as músicas que foram tocadas no AF e vocês conseguem acessar ela aqui.
Colocar as entrevistas em um palco pequeno, escondido entre dois palcos grandes, gerou certas complicações. Os sons de fora do local atrapalhavam mesmo com eles usando microfone, fazendo com que fosse impossível ouvir 100% do que foi falado. Seria legal fazer ajustes caso planejem ter esse palco em 2024 para melhorar a experiência. Principalmente porque foi o palco com atrações surpreendentes como o show dos atores de tokusatsu. Foi algo que eu não esperava ver, até porque nunca assisti nada do gênero, mas fiquei feliz vendo os fãs se divertindo.
Fiquei admirada com o esforço deles para falar português desde o show na quinta-feira. Eles confirmaram que estudar nosso idioma estava entre as preparações de antes dos shows, o que é muito legal. Isso e a energia caótica do bem deles foi o que mais gostei.
Achei muito bonito a forma com que falaram sobre Naruto, sobre saber que foi a união deles com o anime que proporcionou idas a outros países. Não consigo imaginar o anime sem a banda e vice versa, por isso já esperava que eles fizessem parte do aniversário de vinte anos da estreia do anime.
Eles responderam perguntas sobre o que os inspira na hora de criar músicas (usam imaginação) e que não tem uma composição específica que foi mais difícil de fazer pois todas foram difíceis.
Falaram sobre parcerias com outras bandas e como eles sempre esperam que isso traga resultados positivos e até mesmo deixaram claro que não têm planos para o FLOW acabar porque eles vão continuar enquanto aguentarem pular.
Também falaram que o que mais gostam do Brasil são as pessoas, bebidas alcoólicas como a caipirinha, Angra, samba e o bairro Liberdade. Disseram que existe a vontade de fazer apresentações em outras cidades e eu já consigo imaginar uma turnê deles pelo país.
Eles trouxeram um vídeo especial para transmitir durante a entrevista, o que gerou empolgação tanto deles quanto da plateia quando tocou GO!!!. Muitas pessoas cantaram junto, fizeram movimentos com o braço durante o “go” e teve até quem levantou do lugar.
A melhor parte foi ver eles felizes porque fizemos a ola direito, por estarem aqui de novo e com dois shows em cidades diferentes. Eles não quiseram dar spoiler da setlist para o show do dia seguinte, mas prometeram que seria melhor do que o de quinta e pediram para fazer a ola certinha.
Estranhei um pouco porque eles foram os únicos que tinham folhas com o que precisavam falar, mas faz sentido dado que precisavam apresentar o projeto Sacra Music Fes.
Eles começaram respondendo sobre o que mais gostaram no Brasil, que foram a comida, especialmente churrasco (SennaRin), o clima quente mesmo sendo inverno (Who-ya Extended) e as batatas daqui serem deliciosas (ASCA). Fez muito frio durante os dias do Anime Friends 2023, então fiquei surpresa com essa resposta do Who-ya.
O que não me deixou surpresa foi ouvir os títulos dos animes que eles trabalharam na trilha sonora ao responderem quais são os animes favoritos deles: Bleach, Attack on Titan, Sword Art Online. O único que falou outros nomes como One Piece foi o Who-ya. A ASCA aproveitou para contar que a escrita de são de São Paulo ser igual à SAO de Sword Art Online foi o que a ajudou a decorar o nome da cidade.
Para finalizar, perguntaram qual foi a razão para eles virarem cantores e se tinham alguma mensagem para quem está começando nessa profissão. As respostas foram variadas: conhecer cantores, já ter uma banda na escola e alguém ter dito para tentar carreira nisso. Já os conselhos foram conversar com quem trabalha na área e falar bastante sobre seu sonho para que as pessoas saibam e isso ajude a fortalecer sua vontade de realizá-lo.
Foi a entrevista mais rápida entre as que vi, mas valeu a pena pela ASCA falando sobre o amor dela por batatas.
A abertura de Tokyo 24th Ward foi uma das minhas favoritas de 2022, então fiquei feliz quando tocaram Papersky. Era a única música que eu conhecia e achei que fosse ficar deslocada durante o show por causa disso, mas curti mais do que esperava.
Com sucessos como found & lost e red de Banana Fish e NE:ONE de Code Geass, a banda manteve o público envolvido durante toda a apresentação. Ficou claro que muitas pessoas estavam ali graças a Vinland Saga porque Paradox e MUKANJYO foram as músicas que mais tiveram gente cantando junto.
Achei sensacional o vocalista incentivando o público a pedir para eles voltarem para mais shows. A empolgação deles no palco, somada a esse pedido, foi suficiente para eu entender o quanto gostaram de se apresentar aqui.
Eu sabia que ouvir Good Morning World! ao vivo teria um impacto enorme em mim, então me preparei para isso, mas não imaginei que abririam o show com ela. Seguido por Hikari Are, ficou claro que a intenção da banda era entregar o melhor show possível.
Provando que realmente se prepararam para vir para o Brasil, eles fizeram uma música em parceria com a ASCA assim que souberam que estariam juntos na programação do AF. Logo, a primeira apresentação de KUNOICHI em um palco aconteceu em solo brasileiro.
Também foi a primeira vez que eles tocaram I Don’t Wanna Die in the Paradise com o FLOW fora do Japão. O Kohshi e o Keigo subiram no palco para cantar junto, o que deixou ainda mais legal.
Já tem dois anos que sou obcecada por BLIZZARD, era uma das músicas que torci muito para estar na setlist e ainda bem que estava. Sem contar que tocaram um pedacinho de Ginsekai durante a passagem de som, ou seja, eu fiquei duplamente feliz.
Com Hana Ichi Monme, eles completaram a cartela de animes, entre os que já assisti, que têm músicas da banda.
Encerrar com a dobradinha PHOENIX e FLY HIGH!! foi para testar meu coração mesmo. Cantei, gritei e dancei muito.
Não tem como negar o nível de importância que esse show alcançou. É impossível uma apresentação que fez a plateia gritar “churrasco” ser menos do que perfeita. Entregaram tudo que prometeram e muito mais!
Não consegui encontrar nem metade das pessoas que eu queria ver, mas conheci Bex, uma das autoras de Pétalas de Akayama. Ele foi um querido, saiu do estande da editora para falar comigo, me deu marcadores e autografou um pôster para mim.
Reconheci um cosplay de Lady Prospera de Mobile Suit Gundam: The Witch from Mercury pouco antes do show do SCANDAL e imediatamente sabia que era Mari. Já tinha visto uma foto no Twitter, mas não achei que fosse encontrá-lo lá. Fiquei contente por poder conversar rapidinho sobre G-Witch e sobre seu trabalho na legendagem do anime.
Foi o único painel de editora que consegui ver e confesso que estava ali pelo anúncio da publicação da novel de Tian Guan Ci Fu (Heaven official’s blessing). O plano deles é lançar o primeiro volume ainda em 2023, então agora é acompanhar as próximas informações que a NewPOP der.
Pela primeira vez, consegui atualizar uma thread no Twitter compartilhando os anúncios. Estou feliz porque é muito difícil tuitar, tirar fotos e fazer anotações ao mesmo tempo, mas, no fim, deu tudo certo.
Anúncio de seinen: A arca dos canários (Canaria-tachi no fune).
Anúncio de shoujo (Selo Sakura): Yubisaki to Renren (A sign of affection).
Anúncios de danmei (Selo Novel): Tian Guan Ci Fu (Heaven official’s blessing), Sha Po Lang (Stars of caos), Zhen Hun (Guardian), Ren Zha Fanpai Zijiu Xitong (The scum villain’s self-saving system) e We best love.
Como fãzona de Fullmetal Alchemist, eu estava no show por causa de Shunkan Sentimental. Amo a trilha sonora de FMA: Brotherhood, logo me recusei a perder a oportunidade de ver essas queridas. Junto com Shoujo S e HARUKAZE eram as que eu mais queria ouvir ao vivo.
Foi a primeira apresentação da banda em solo brasileiro e era perceptível como os fãs estavam contentes porque foi um show desejado durante anos. Não conheço outras músicas além das que fizeram parte de animes que assisti, mas não posso negar que a presença de palco delas me deixou com vontade de acompanhar mais o trabalho da banda. Elas estavam felizes e isso deixou a energia do show ainda melhor.
Também tocaram A.M.D.K.J. de GeGeGe no Kitaro e Yoake no Ryuseigun de Pokémon o Filme: Diancie e o Casulo da Destruição.
Foi possível ouvir sons de tristeza quando avisaram que faltavam só três músicas para acabar, então torço para que elas voltem mais vezes.
Fui na esperança de ouvir Sign, minha favorita deles e saí com mais uma experiência maravilhosa. Eles abriram o show com ela, que é minha preferida entre as aberturas de Naruto Shippuden, então já dava para saber que seria memorável. Eu poderia ter ido embora depois dessa única música e iria feliz.
Tive a impressão de que as pessoas se empolgaram menos com as músicas de Code Geass se comparado com quinta-feira, mas, ainda assim, arrancou bastante gritos do público.
Não sabia que o Real Akiba Boyz estaria no palco com eles de novo e achei eles mais contidos dessa vez.
Mesmo tendo ouvido a ênfase que eles deram ao amor deles por samba na entrevista no sábado, fiquei surpresa quando tocaram Cheia de Manias. Tanto que demorei alguns segundos para entender o que estava acontecendo.
Apesar da setlist ser bastante similar ao do show de quinta, achei genial deixarem GOLD e GO!!! para o final. Foi a junção de duas gerações e o reforço da minha sensação de que só eu assisti todos os episódios de Boruto.
Eu envelheci para dar orgulho para a Ellen otakinha de treze anos. Sei que minha versão adolescente ficaria muito feliz de saber que estive no Anime Friends 2023 e vi tantos shows maravilhosos.
trocando a vida real por animes, mangás e livros ✨
