Esta é a inauguração do Ellendica: um novo quadro onde vou indicar histórias (animes, livros, séries de TV, etc) que se encaixem em um mesmo tema.
O tema de hoje é personagens LGBTQIA+ na ficção, então listei alguns dos meus favoritos para recomendar para vocês.
A intenção era publicar este post durante o mês de junho, especialmente por ser o mês do Orgulho LGBTQIA+, mas acabou atrasando devido a manutenção que estava sendo feita aqui.
Lembrando que a representatividade LGBTQIA+ deve ser algo presente durante todo o ano e não somente em um mês.
Demorei meses para assistir porque estava com receio de ser mais um caso onde as pessoas shippam dois homens obviamente héteros. Acontece muito, então queria evitar a decepção de me apaixonar por um casal que não era canon. Eu me preocupei atoa porque Yuri e Victor são um casalzão. Não é abertamente abordado, ou seja, não tem um momento em que eles falam sobre estarem em um relacionamento amoroso. Mas tem muitos detalhes nas entrelinhas, ninguém tem dúvidas de que aquele beijo realmente aconteceu no ringue de patinação. Ou que os anéis que eles usam são de compromisso.
Eles estão no meu Top 3 ships favoritos e sempre vão fazer parte da minha vida, afinal de contas eu só voltei a assistir animes por causa de Yuri!!! on Ice.
Lan Zhan e Wei Ying formam um casal muito engraçado porque eles são muito diferentes um do outro. A interação caótica e cheia de provocações é exatamente o que eu gosto. Eles funcionam muito bem juntos e esse é um dos motivos para eu gostar tanto desse ship.
Eles ainda não são um casal no donghua, mas já peguei spoilers o suficiente para saber como termina a novel. Fiquei muito contente quando soube que eles ficam juntos, afinal de contas eles são perfeitos e um final juntos era o mínimo que mereciam.
Acho que Sailor Urano e Sailor Netuno foram o primeiro casal lésbico fictício que tive contato e pelo que lembro, na época, eu nem dei atenção para isso. Só quando assisti de novo, já sendo adulta, que percebi que sempre foi algo claro. Elas falam publicamente sobre isso, existe a conversa onde falam que estão em um relacionamento, logo não existem dúvidas sobre isso ser canon.
É um casal muito bonitinho e ainda lutam juntas contra o mal, não tem como não gostar e shippar elas loucamente.
Várias coisas poderiam ter sido diferentes em Darling in the FranXX, de forma a ser menos problemático, mas dentro da lista de pontos positivos tem o desenvolvimento da Ikuno.
O enredo traz adolescentes se descobrindo e foi legal ver que nem todos eram heterossexuais. Além disso, eles não focaram no “ela vai sair do armário”, pelo contrário, foi algo que desenrolou junto com tudo o que os personagens estavam descobrindo sobre o mundo. Gostei porque não fizeram disso um grande “nossa, olha essa adolescente não hétero”, mas deram o destaque necessário, assim como os outros casais também tiveram seus momentos.
Essa série é perfeita, a começar pelo fato de que se passa em uma cidade que acolhe todos os LGBTQIA+, o que por si só já é um sonho.
Acompanhar a Amy amadurecendo e se descobrindo foi maravilhoso, ela foi de fingir um relacionamento por status a uma vida completamente diferente do que estava acostumada. E é isso que acontece com todos os adolescentes, não é? Sem contar que ela traz uma forma meio diferenciada de se entender como lésbica: ela só percebe ao fingir namorar uma garota.
A série foi cuidadosa ao tratar de certos assuntos, como pessoas intersexuais, ao mesmo tempo que não perdeu a quantidade exata de alívio cômico.
Não dá para falar sobre LGBTQIA+ na ficção sem citar Sense8, uma das séries mais famosas da atualidade. Tem uma grande variedade de personagens desde o começo e isso é ótimo porque mostra um mundo real. Existe todo tipo de pessoa e eles tomaram o cuidado de reproduzir isso na história, ampliando as vozes que precisavam ser mais ouvidas.
A Nomi é uma personagem perfeita e uma das minhas favoritas da vida.
É um dos meus livros favoritos, eu amo a história, amo o Simon, amo a família dele e amo a autora. Amo até mesmo a adaptação cinematográfica.
Eu passei o livro inteiro com a sensação de que o Simon era um amigo, me apeguei muito a ele, então sofri demais com toda a situação de chantagem-exposição. Gostei que o livro aborda isso, apontando o quanto é errado revelar o segredo de alguém, ainda mais estando relacionado à orientação sexual.
Nunca falta representatividade LGBTQIA+ nos livros da Cassandra Clare. A série Os instrumentos mortais tem o melhor ship gay de todos os tempos: Malec, Magnus e Alec, dois amorzinhos. Eu gosto bastante do casal protagonista, mas Malec é outro nível, eles ganham fácil como casal com mais destaque porque eles são perfeitos demais. No universo que a autora criou tem outros personagens LGBTQIA+, porém todo meu amor é direcionado esse ship.
Esse livro não foi nada do que eu esperava, mas não posso negar que tanto o Ari quanto o Dante ganharam o meu coração. O desenrolar do relacionamento deles é muito bonitinho, primeiro se tornando amigos inseparáveis e depois percebendo que se amam como casal. De repente, você percebe como eles se amam e então vê que, na verdade, não foi de repente, é algo que evoluiu aos poucos. E é impossível não se apaixonar junto.